quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Diagnóstico precoce é essencial em casos de apendicite

Existem muitas divergências a respeito da função do apêndice. Há quem diga que não tem função alguma, mas também existem especialistas acreditando que o órgão é rico em tecido linfoide. Esse tipo de tecido possui uma grande quantidade de células de defesa. Mas mesmo que ainda existam divergências em relação à função do apêndice, é certo que a apendicite precisa ser diagnosticada o mais rápido possível.
O apêndice está ligado ao intestino grosso pelo lado direito, e a apendicite ocorre por conta de uma obstrução do canal que liga os dois órgãos. O Coordenador do Pronto Socorro Cirúrgico, do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo, Rafael Izar Domingues da Costa, explica que existem duas causas principais para a inflamação. “Uma é quando um fragmento de fezes entra e começa a aumentar a pressão, e a outra é quando o próprio tecido linfoide hipertrofia e cresce de maneira desordenada e obstrui o apêndice”.

Não há outra opção de tratamento para apendicite além da cirurgia. Os principais sintomas para identificar o quadro são: dor abdominal, principalmente na região do estômago, acompanhado de perda de apetite, mal estar e concentração da dor no lado direito abaixo do abdômen em um intervalo de 12h a 24h do seu surgimento. Em casos mais graves, também pode estar acompanhada de febre e vômito. Nesse caso é aconselhado não esperar, e buscar rapidamente o atendimento médico. “O processo inflamatório não regride. O intestino da gente é cheio de bactéria, e a inflamação vai progredir para uma infecção, e se continuar postergando, o paciente vai entrar em infecção generalizada”, explica o médico, Rafael Izar.
Foi o que aconteceu com o empresário Aroldo Russo Filho, que começou a sentir dores na região da barriga em um domingo a tarde após um jogo de tênis. “Eu não liguei muito e tomei um remédio para dor. Mas na segunda ela persistiu, e na terça piorou muito. Fiquei internado uma semana com diagnóstico de infecção no intestino e depois fui para casa. Como eu sentia muita dor, voltei ao Hospital e viram que o meu apêndice havia estourado”, lembra.
Por conta da infecção generalizada, que atingiu outros órgãos, o empresário ficou 30 dias hospitalizado em recuperação. Entretanto, o Coordenador do Pronto Socorro Cirúrgico, do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo, explica que se a apendicite for identificada no início, a recuperação é mais rápida: “O tempo de recuperação vai variar de acordo com o grau de inflamação, do momento em que a pessoa foi operada e as condições da pessoa. Uma coisa é operar em estágio inicial, e a outra é tratar quando já se tem peritonite generalizada. Então é muito variado. No início do quadro o paciente é operado em um dia, mas no mais tardar dois dias já está em casa”.
Fonte: Aline Czezacki, para o Blog da Saúde

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